Então, que é que realmente participa no mercado de FX e consegue criar um volume diário desta dimensão?
Bem, a primeira categoria inclui governos e bancos centrais. Os governos e bancos centrais nacionais intervêm no mercado de FX tanto para valorizar como para desvalorizar a sua moeda, comprando-a o vendendo-a respetivamente e para reajustar as suas reservas de moeda estrangeira. No entanto, um banco central pode também intervir no mercado de FX1 esforço para impulsionar ou baixar as pressões inflacionárias na economia. Caso a sua moeda seja baixa e tenha um nível elevado de importações, o país poderá estar então a importar inflação, pois a moeda local baixa torna os bens importados mais caros, embora isto seja debatido mais tarde numa fase mais avançada.
A segunda categoria inclui bancos comerciais e outras instituições financeiras, que respondem às necessidades de moeda estrangeira dos seus clientes. Por exemplo, para importações e exportações, e para transações de pequena escala com outros bancos. As outras instituições financeiras poderão incluir fontes de investimento, em que os gestores de investimento pode também querer interagir no mercado dia feliz com volumes relativamente elevados.
A terceira categoria inclui empresas a repatriar lucros, assim como corporações multinacionais. Digamos, por exemplo, que a Toyota tem uma fábrica no Reino Unido e, no final do ano, pretende repatriar os lucros do ano para a empresa mãe no Japão. Terá de entrar no mercado de FX de forma a converter os lucros realizados em libras para ienes japoneses de forma a enviá-los para o país. Ou uma empresa multinacional pode querer enviar fundos de uma filial num país para uma filial noutra empresa.
A quarta categoria é a de investidores a comprar ativos em países estrangeiros. Por exemplo, se o investidor europeu quiser comprar numa bolsa de valores dos EUA, terá de converter os seus euros em dólares EUA de forma a conseguir investir em algo nos EUA.
A quinta categoria é de especuladores. Tenha em atenção de que a especulação é a prática de se envolver em transações financeiras de risco de forma a lucrar com variações de curta duração sobre o valor de mercado de um instrumento financeiro transacionável.
E, por último mas não menos relevante, os turistas e os viajantes. Numa base individual, os turistas não têm o mesmo impacto sobre o mercado, mas em determinados pontos temporais, tendências específicas na indústria do turismo podem ter impacto sobre o mercado de FX. Digamos, por exemplo, nos meses de verão, se os cidadãos do Reino Unido quiserem passar as suas férias no sul da Europa em países como Portugal, Espanha, sul de França, Itália, Grécia, Chipre e Malta, terão de converter as suas libras esterlinas para euros de forma a gastar a luz durante as férias. Então, isto deverá ser tido em consideração pois existem milhões de turistas. Os efeitos poderão também ser inversos. Por exemplo, nas economias mais pequenas de uma perspetiva global, um grande fluxo de turistas poderá fazer com que o valor da sua moeda valorize, mas, da mesma forma, uma desvalorização da mesma moeda pode fazer com que o país seja um destino turístico mais atrativo.